segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Annie Clark: A caligrafia é mais bonita sem as mãos







Por JUAN ANTONIO RUIZ.
Tradução do espanhol de LEONARDO LIMA




    Sete anos, um sorriso grande e... sem as mãos. Essa é a descrição perfeita de Annie Clark, uma garota americana de Pittsburgh, Pensilvânia (EUA). Embora o que mais lhe caracterize realmente seja a sua personalidade determinada, o que levou ela a ganhar a  21ª edição do Concurso Anual de Caligrafia para deficientes dos Estados Unidos. Uma conquista que comoveu o país inteiro ...


    Seu pai, Tom, diz com um sorriso: "Minha filha sempre foi muito, muito auto-suficiente. Ela é capaz de andar de bicicleta, de nadar, de abrir uma lata de refrigerante ou até mesmo de pintar as unhas dos pés". E além disso, claro, ela pode vestir-se e alimentar-se sozinha... uma circunstância que contribui muito a sua grande família: Tom e Mary Ellen Clark têm nove filhos, três biológicos e seis adotados, vindos da China (incluindo Annie).

    De fato, se alguém tem a oportunidade de visitar a família Clark,  percebe facilmente de onde Annie tira toda essa força de animo. 
Dos seis filhos adotivos, quatro têm alguma deficiência, entre as quais Alyssa de 18 anos e Abbey de 21-esta última filha biológica- que tem Síndrome de Down.

    "Não é que buscamos sempre adotar crianças com necessidades especiais, mas é assim que tudo começou", diz Mary Ellen. 
E olhando para sua filha Annie diz, "é uma menina maravilhosa. Quando crescer quer ser escritora de livros sobre os animais”. Uma meta que o pai tem a certeza que ela conquistará: “é tão determinada que nada pode resistir a ela”.


    Esta “teimosia saudável” também foi verificada pelos professores de Annie. Eles dizem que ela às vezes é  um pouco tímida, mas é sempre tenaz e diligente, "Quando escreve, quer ter certeza de que está fazendo isso de modo claro e conciso, e se orgulha dos seus trabalhos", diz Laura Erb,  professora de Annie no Wilson Christian Academy. "Segura a caneta entre os antebraços e às vezes tem que levantar-se para manter as letras dentro das linhas. Apesar de sua deficiência, Annie nunca fica para trás nas aulas e aprende rapidamente. "

    Aconteça o que acontecer no futuro, a verdade é que hoje Annie levou para casa o troféu Nicholas Maxim para crianças com deficiência, e mil dólares dados pela editora Zaner-Bloser, um dos patrocinadores do concurso. 
Você está feliz? É Mary Ellen, a muito orgulhosa mãe, que responde: "Esse prêmio lhe deu grande confiança em si mesma. 
Ela está orgulhosa de quem é e como mãe, eu estou absolutamente feliz com isso.”
(Extraído de Buenas Noticias)

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