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por LEONARDO LIMA
As palavras a seguir foram escritas na tumba de um bispo anglicano (1100 .), nas criptas da abadia de Westminster:
Quando era jovem e livre, e minha imaginação não tinha limites, eu sonhava em mudar o mundo. Quando fiquei mais velho e mais sábio, descobri que o mundo não mudaria, e assim reduzi um pouco os limites de meu ideal e decidi mudar apenas meu país. Porém este, também, parecia imutável.
À medida que chegava ao crepúsculo, numa última e desesperada tentativa, procurei mudar apenas minha família, aqueles mais próximos a mim, mas, ai de mim, eles não mudaram. E agora, deitado em meu leito de morte, subitamente percebo: se eu tivesse apenas mudado a mim mesmo primeiro, então, pelo exemplo, eu teria mudado minha família.
Quando era jovem e livre, e minha imaginação não tinha limites, eu sonhava em mudar o mundo. Quando fiquei mais velho e mais sábio, descobri que o mundo não mudaria, e assim reduzi um pouco os limites de meu ideal e decidi mudar apenas meu país. Porém este, também, parecia imutável.
À medida que chegava ao crepúsculo, numa última e desesperada tentativa, procurei mudar apenas minha família, aqueles mais próximos a mim, mas, ai de mim, eles não mudaram. E agora, deitado em meu leito de morte, subitamente percebo: se eu tivesse apenas mudado a mim mesmo primeiro, então, pelo exemplo, eu teria mudado minha família.
Com sua inspiração e estímulo, eu poderia ter melhorado meu país e, quem sabe até, ter mudado o mundo.
Mudar o mundo, quantos de nós vivemos, ou ainda vivemos com esta grande inspiração no coração. Quem sabe o maior roubo que se pode fazer a um homem, seja precisamente tirar dele esse supremo alento.
Muitos nos desencorajam desta aspiração dizendo que é impossível mudar os demais. Este argumento mostra precisamente o erro mais comum que estamos acostumados a cometer. Pensamos no mundo como algo contraposto a nós, e não percebemos que somos parte deste mundo que queremos ver renovado.
Por tanto, a mudança fundamental que nos compete, não é aquela dos outros, senão aquela de nós mesmos que poderá, ou não, ter repercussão nos demais, isso já não dependerá de nós.
O mundo é melhor quando nós o fazemos melhor, quando sabemos sorrir a quem encontramos pela rua, quando cumprimos com o horário do trabalho, quando perdoamos e não nos vingamos da injuria recebida.
Não façamos de nossa vida um eterno rascunho da obra-prima que queremos escrever sobre os demais. Escrevamos os melhores versos sobre o livro de nossa existência, por mais que pareça tempo perdido, não existe melhor forma de inspirar a antologia poética de um mundo mais humano.
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